Qual a importância da criação para o cristão?
Eu
tive o privilégio de abordar o criacionismo com alunos do ensino médio de uma
escola pública em minha cidade durante 4 anos. Em todas as turmas, eu iniciava
a aula apresentando um vídeo que se trata de um estudo bíblico sobre a criação,
narrada pelo jornalista Cid Moreira, e logo em seguida, um vídeo com o mesmo
tempo de duração, apresentando a teoria da evolução defendida por alguns cientistas
ateus, sendo um trecho do programa Cosmos, apresentado por Carl Sagan, um
famoso astrofísico agnóstico. Depois de exibido os vídeos, eu lançava perguntas
capciosas tanto para o criacionismo quanto para o evolucionismo, a fim de ver
qual era a opinião dos alunos. Procurava ser o mais imparcial possível, para
que os alunos não adivinhassem minha opinião, e para não influenciar em suas
respostas, revelando-me como criacionista somente ao final da atividade.
O
resultado foi que 90% dos alunos declararam acreditar na existência de Deus, se
considerando como cristãos, ou católicos ou evangélicos, ficando meio a meio
essa divisão. Era raro encontrar, mas houve alunos que se declararam espíritas,
ateus ou agnósticos. Geralmente apenas um aluno por sala diferenciava-se quanto
às suas convicções religiosas, e declarando acreditar que a teoria
evolucionista era mais plausível em explicar a origem da vida e seu
desenvolvimento até os dias atuais. Porém houveram alunos declaradamente
católicos, e também evangélicos, o que me deixou surpreso, que não acreditavam
no relato criacionista descrito no livro bíblico de Gênesis. Desses, muito
poucos haviam de fato lido o que estava escrito na Bíblia, enquanto outros
tinham dúvidas, e alguns até achavam ser incoerente um Deus que já sabia de
tudo o que iria acontecer, e ainda assim ter criado Adão e Eva.
Portando,
essa é uma realidade nas igrejas cristãs de hoje, o criacionismo está cada vez
mais fraco. O foco dos pregadores está em falar de bênçãos materiais para seus
ouvintes, em vez de falar realmente sobre o verdadeiro evangelho, e também
sobre o plano da salvação que Jesus executou em favor do ser humano caído,
contaminado pela natureza pecaminosa herdada do primeiro casal humano, e que no
qual, nos quer trazer de volta ao Seu plano original, o plano paradisíaco do
novo Éden, que é nada mais do que o mesmo primeiro Éden. Então, com este
artigo, quero trazer alguns argumentos para que um verdadeiro cristão, seja ele
(a) católico ou evangélico, principalmente se for um adventista, passe a crer com
convicção, e com base bíblica, no criacionismo.
1 – O CASAMENTO
Se
você pretende se casar em uma igreja, com a bênção do padre, pastor, ou seja,
pelo líder religioso de sua congregação, você obrigatoriamente terá que ser um
criacionista, ou então não se case (mas eu desejo que você se case, ao menos no
civil). O casamento está diretamente ligado à criação. Deus deu vida à Adão,
mas este, após ver que todos os animais machos tinham uma parceira fêmea,
sentiu-se solitário (Gn 2:18-20). O detalhe é que Adão não queria apenas uma
parceira sexual para copular, com finalidade reprodutiva, assim como os
animais. Adão estava se sentindo só, solitário, pois todos os animais tinham
mais alguém de sua espécie para interagir, e ele queria uma parceira, com quem
ele pudesse conversar, lhe fazer companhia, viverem juntos. Há um
sentimentalismo por trás disso, o que não há entre os animais de hoje. Deus viu
que seria justo conceder uma auxiliadora para Adão, e então fez ele dormir,
tirou uma de suas costelas, e dela formou a mulher (v. 21 e 22).
Mas
porque era necessário Deus formar a mulher de uma costela de Adão? Porque não
usou outra parte do corpo dele, ou porque não a formou diretamente do pó da
terra como fez com o homem? A resposta está no verso 23, pois lá diz: “E disse
o homem [Adão]: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne
[...]”. A mulher deve ser cuidada por seu homem como se fosse uma parte de seu
corpo. Quem aqui teria coragem de quebrar um de seus ossos, ou ferir sua própria
carne? (Se bem que hoje em dia tem gente que quebra seus ossos e fere sua
própria carne de propósito). Outro detalhe: a costela é um osso que está em que
região do nosso corpo? Está na lateral, porém, na parte central de nosso corpo.
Por estar na lateral, homem e mulher devem andar lado a lado juntos, sem que um
esteja à frente e o outro atrás, e por não está na cabeça para dominar, também
não está no pé para ser pisada. Está no meio, próximo do coração, para que
tenham amor e cuidado um pelo outro. É por isso que no verso 24 diz que os dois
se tornarão “uma só carne”. Essa ideia também é defendida pelo apóstolo São
Paulo: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo.
Quem ama a esposa a si mesmo se ama” (Efésios 5:28). Por isso que em um
casamento cristão, não pode existir machismo (em que o homem subjuga a mulher),
e nem feminismo (em que a mulher subjuga o homem), mas sim uma parceria e
harmonia, dentro dos princípios bíblicos, e claro com muito amor.
Agora,
uma curiosidade, é que Jesus acreditava como literal o relato da criação de
Adão e Eva. Nos evangelhos de Mateus 19:4-6 e Marcos 10:6-9, Jesus ao
responder os fariseus, acerca do divórcio, disse que o desquite só era lícito
quando havia a traição de um dos cônjuges, e que Deus havia permitido o
divórcio por causa da dureza do coração do ser humano, mas que seu plano original
era que o homem se casasse com sua mulher, e que ambos fossem fiéis um ao outro
(Mt 19:3-8; Mc 10:2-5). Ou seja, o casamento deve ser heterossexual (a união de
duas pessoas de sexos opostos), monogâmica (ser casado com apenas uma pessoa),
e que uma traição é motivo para que o cônjuge traído (a) peça o divórcio.
Portanto, se você quer ter um casamento nessas condições, é bom que você e seu cônjuge
sejam criacionistas.
2 – O DÍZIMO
Se
você irmão católico ou evangélico que é dizimista e ofertante em sua
congregação, que todo mês entrega seu dinheiro fielmente aos cofres da igreja,
não for criacionista, há um problema muito sério a vista. Escrevi essas
palavras propositalmente como se o dizimo e a oferta fosse meramente dar
dinheiro para a igreja, e para muitos é, porém, não é isso que deveríamos
pensar quando realizamos tal ato. Entregar seus recursos significa devolver
para Deus aquilo que Lhe pertence. Em Ageu 2:8 diz: “Minha é a prata, meu é o
ouro, diz o Senhor dos Exércitos”. Deus tem toda a razão em dizer que todos os
bens de valor monetário pertencem a Ele, pois foi justamente Ele que os criou.
Deus não criou apenas os seres vivos, mas tudo o que existe, até mesmo a prata
e o ouro. Portanto, dizimar e ofertar é devolver aquilo que pertence a Deus,
pois tudo o que temos é apenas emprestado pelo Criador para nosso usufruto.
Agora
pense bem, a Bíblia nos apresenta que o dízimo é 10% daquilo que nós ganhamos
para nosso sustento, e a oferta é livre para que o ofertante estabeleça o seu
valor, levando em conta que seja proporcional às bênçãos recebidas. Eu por
exemplo dizimo, portanto, Deus permite que eu fique com os outros 90% daquilo
que eu recebo. Eu ainda devolvo mais 10% em ofertas, como gratidão pelas
bênçãos, ou seja, eu ainda fico com 80% do que eu recebo. Portanto, dizimar e
ofertar não devem ser vistas como castigo, pois ao ofertar você deve estar
demonstrando gratidão pelas bênçãos de Deus que recebeste, e ao dizimar você
estar demonstrando que adora a Deus, por Ele ser o Criador, e mantenedor de sua
vida, e isso é uma demonstração de fé. Lembre-se que a Palavra diz: “[...] porém
jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Salmo
37:25). E também diz: “[...] mas o justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2:4).
Portanto, antes de dizimar e ofertar novamente, declare-se como um
criacionista.
3 – O PLANO DA SALVAÇÃO
Voltando
ao Éden, depois de criar Eva, e ela ter se unido a Adão, Deus fez uma
advertência ao casal: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda a árvore do
jardim comerás livremente, mas a árvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás; porque, no dia em que dela comerdes, certamente morrerás” (Gênesis
2:16 e 17). Precisamos entender que Deus criou Adão e Eva perfeitos, e
imortais, e que o Éder era um paraíso, um lugar de harmonia, paz e beleza. Lá
não existia a morte, nem de plantas e nem de animais, não existia doenças,
dores, tragédias, e tudo mais de negativo que existe. Porém, um anjo se rebelou
contra o governo de Deus, e teve de ser expulso do Céu com os demais anjos que
haviam apoiado sua rebelião, conhecidos como Satanás e os demônios. Sem lugar
para ir, Satanás veio à Terra tentar o casal humano, para que ambos também se
rebelassem, bastava simplesmente desobedecer às orientações de Deus. Mas isso
não seria fácil, pois, por mais que fossem dotados de livre-arbítrio
(possibilidade de fazer escolhas, inclusive escolhas contrárias à vontade de
Deus), Adão e Eva eram leais a seu Criador. Satanás precisava de uma estratégia
para enganá-los, fazendo-os tomarem a decisão de desobedecer a Deus. O Senhor
lhes havia advertido, que a consequência de comer da árvore do conhecimento do
bem e do mal seria a morte, algo que eles nunca presenciaram, já que era
imortais, assim como os animais e as plantas. Porém, quando Eva se depara com
uma serpente falando, que na verdade era a voz de Satanás, e encantada com suas
palavras acabou pecando. A serpente disse: “É certo que não morrereis [o que é
mentira]. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os
olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal [o que é verdade]”
(Gênesis 3:4 e 5). Deus conhecia o mal pois viu seu anjo Lúcifer se transformar
em Satanás, e as consequências que isso trouxe para o Céu a ponto de ter que
expulsá-lo de lá (Apocalipse 12:7-9). Não existe o mal nEle, nem mesmo é o Senhor o originador do mal. Deus é onisciente (conhece todas as coisas) e sabia
quais seriam as consequências da escolha errada, mas como Eva não conhecia o
mal, a curiosidade matou o gato, ou melhor, matou ela e Adão, já que ele comeu
também o fruto depois. Pronto, agora os seres humanos perderam a sua
imortalidade condicional, acabaram sendo impedidos de ver o rosto de Deus em
sua Glória, e ainda tiveram uma experiência horrível para qualquer pai e mãe,
ver seu filho assassinado, e pelo próprio irmão.
Porém, Deus prometeu em diversas profecias no Antigo Testamento, que enviaria um
substituto, que pagaria o salário do pecado, que é a morte (Romanos 6:23). Deus
enviaria um justo, que morreria pelos injustos, e esse foi Jesus. Quando Cristo
morreu na cruz ele libertou a humanidade da condenação da morte por causa dos
nossos pecados. Porém, como ainda morremos? Falarei depois sobre isso. Deus
quer restaura a Terra no que ela era antes do pecado: perfeita, cheia de
harmonia e paz, sem doenças, sem dores, sem tragédias, sem a morte. Para isso,
Ele está esperando que você e todos os seres humanos tomem a sua decisão, de
aceitar o sacrifício substitutivo de Jesus como pagamento pelos seus pecados,
ou a sua rejeição. Portanto, se você quer que Jesus seja o teu Salvador, se
você quer viver na Nova Terra, e ter a vida eterna, você tem que ser
criacionista.
4 – A MORTE
Em
Gênesis vemos como Deus criou a vida em nosso planeta, e como Ele criou os
seres humanos, dotados de uma vida eterna condicional, baseada em se manter
fiel à sua ordem de não comer o fruto proibido. Essa desobediência se
caracterizava como pecado, e como resultado, o ser humano perderia a possibilidade
de viver eternamente. Portanto, em Gênesis vemos, também, como o homem se
tornou um ser mortal. Porém, uma vez que morremos, acabou? É o fim de tudo? Não
há mais esperança? Bom, a Bíblia nos ensina que a morte é um estado de
inconsciência, ou seja, depois que morre a consciência desaparece, e por tanto,
não há a chamada “vida após a morte” (ver Eclesiastes 9:5, 6 e 10). Jesus
comparou o estado de Lázaro, quando este morreu, como se fosse um sono profundo
(ver João 11:11-14).
Pegando
esse gancho sobre a história de Lázaro, agora vem a resposta para a seguinte
pergunta: Se não existe vida após a morte, então a pessoa morreu para sempre?
Nunca mais irei vê-la ou me comunicar com ela novamente? Bom, veja que Jesus,
sabendo que Lázaro estava morto (v. 13 e 14), disse que iria despertá-lo do
sono (v. 11). Mas como? Lembre-se que Jesus é Deus, e “para Deus nada é
impossível” (Lucas 1:37, NTLH). Havia 4 dias que Lázaro estava morto, e mesmo
assim Jesus ordenou que removessem a pedra que tapava o sepulcro onde Lázaro
havia sido sepultado, e ordenou que o morto saltasse para fora (v. 39-43).
Parecia cena de série de zumbis, pois Lázaro saiu todo enfaixado de dentro de
sua sepultura, mas para a felicidade de suas irmãs ele estava vivo, pois havia
sido ressuscitado, mesmo depois de vários dias morto. E existe maior exemplo
que o próprio Cristo, que ressuscitou três dias depois de morto? Portando, meu
querido leitor, a morte é temporal, um dia todos serão ressuscitados. O
apóstolo Paulo disse: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes, para
não vos entristecerdes como os demais, que não tem esperança. Pois, se cremos que
Jesus ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia,
os que dormem. [...] Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1 Tessalonicenses
4:13, 14 e 18).
Meu querido irmão e irmã, a Bíblia ensina que os mortos serão ressuscitados,
não importa qual seja o estado do corpo da pessoa, pode estar em pó seus ossos,
Deus vai ressuscitá-lo, mais uma vez as famílias e os amigos poderão se ver.
Esse fato ocorrerá quando Jesus voltar a esta terra, e depois de ressuscitar uma
parte dos mortos, apenas os que morreram crendo nEle, junto com aqueles que
estarão vivos nesse dia e que se entregaram ao Salvador, serão levados para o
Céu, e a partir daí desfrutarão da vida eterna. A Bíblia não ensina a
reencarnação, ela ensina a ressurreição. Agora, se você quer ter essa esperança
em seu coração, pare de falar com os espíritos, que na verdade você está é
falando com o Diabo, pois “não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se
disfarça em anjo de luz” (2 Coríntios 11:14), pare de crer na reencarnação, e
creia na ressurreição, e também seja criacionista.
5 – O SÁBADO
Agora
eu quero me dirigir aos nossos amigos judeus, batistas do sétimo dia, e demais
cristãos sabatistas, incluindo nós que somos adventistas do sétimo dia. Mas pelo
amor de Deus, se você guarda o sábado e não crê na criação, tá merecendo o inferno (calma que é brincadeira, pois eu não te quero ver no inferno,
até porque eu não acredito nisso), porque é inconcebível guardar o sábado
e rejeitar a criação, pois o significado de guardar o sábado é reconhecer Deus
como Criador. Deixa eu explicar.
Ao
final do relato da semana da criação, já se passaram 6 dias, sendo que no 6º
dia houve a criação de Adão e Eva. Porém, para coroar sua criação, Deus
estabeleceu um sétimo dia, em que Ele descansou. O Senhor também abençoou e
santificou (ou seja, destacou, separou esse dia dos demais) o sétimo dia da
semana (Gênesis 2:1-3). A Bíblia não se detém em apresentar nas histórias
posteriores os personagens guardando o sábado, pois não era importante
apresentar isso, mas possivelmente, era comum entre esses personagens a guarda
do sétimo dia da semana, pois desde a criação ele foi santificado, abençoado, e
nele Deus descansou. Porém chegamos na história das 12 tribos de Israel, que
são os descendentes de Jacó, neto de Abraão e filho de Isaque, que viveram 400
anos no Egito, e durante esse tempo foram escravizados pelos egípcios. Lá, os
habitantes locais eram pagãos, e durante a escravidão, os hebreus, como também
eram chamados, se moldaram aos costumes e padrões culturais egípcios, e que não
eram aceitos por Deus, e muitos dos ensinamentos do Senhor haviam se perdido,
pois eram transmitidos oralmente de geração em geração. Quando o povo de Deus
foi solto da escravidão, e peregrinaram no deserto, Deus viu a necessidade de
entregar sua lei por escrito. Algumas coisas Deus pediu para Moisés escrever,
mas os 10 mandamentos, foram escritos pelo próprio dedo de Deus, em duas placas
de pedra (Êxodo 31:18). Quando Moisés desceu do monte Sinai, e viu o povo pecando
contra o Senhor ao adorarem uma estátua de um bezerro feito de ouro, ele
quebrou as placas, mostrando que o povo quebrou a lei que acabara de receber de
Deus, e novamente, novas placas foram lavradas contendo os mesmos 10
mandamentos, e da mesma forma, pelo dedo de Deus.
Esses
10 mandamentos estão escritos na Bíblia em Êxodo 20:3-17, e é uma das poucas
coisas na Bíblia que foram de fato escritos por Deus. Deus escreveu em uma
parede uma frase curta, anunciando juízo contra o rei da Babilônia, em Daniel
5:24-28. Jesus também escreveu, porém o que ele escreveu não foi registrado na
Bíblia, mas o conteúdo eram os pecados dos fariseus que queriam apedrejar a
mulher que foi pega em flagrante cometendo adultério. O resto na Bíblia foram
homens e mulheres usados por Deus. Agora, no 4º mandamento, diz o seguinte: “Lembra-te
do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu
trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás
trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a
tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há,
e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o
santificou” (Êxodo 20:8-11). O verso 11 diz que o motivo para se guardar o
sábado é porque justamente Deus havia criado o mundo em 6 dias, e ao sétimo
descansou. Veja que os verbos descansar, abençoar e santificar se repetem em
Gênesis 2 e Êxodo 20 com relação ao sábado. Curioso não? E o mandamento é
claro: “o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus”. A ideia não é guardar um
dia entre sete, e sim, guardar o dia que Deus estabeleceu, o sétimo dia da
semana, o sábado. Aliás, o termo sábado está ligado a descansar no original hebraico,
pois foi o dia do descanso de Deus, e se o Senhor descansou nesse dia, eu
também devo fazer o mesmo.
Eu
particularmente não acreditava na criação quando fiz meus estudos bíblicos, mas
já havia aceitado que era correto eu guardar esse mandamento antes mesmo de
iniciar os estudos. Eu não fiquei muito convencido no estudo sobre a criação,
mas uma atitude eu tinha que tomar: ou eu aceitava a criação como literal para
dar sentido à guarda do sábado, ou eu me tornava ateu de uma vez por todas.
Lógico, eu estava convencido da veracidade da Bíblia, e mesmo sem evidências
científicas, ainda mais para um aluno do curso de ciências biológicas e que até
então era evolucionista, eu passei a crer no criacionismo, e aos poucos, fui
descobrindo que existem pesquisas nesse campo, que existem criacionistas dentro
da ciência, que é possível conciliar a verdadeira ciência com a verdadeira
religião.
Irmão
e irmã, eu termino pedindo, principalmente se você for cristão, que não ignore
o seu Criador. Seja você católico, ortodoxo, ou evangélico, muitas das coisas que você crê estão ligadas
ao relato criacionista, e se você não crer nisso, está pondo de lado a base doutrinária
e a razão de sua fé. Eu escrevi apenas algumas relações do criacionismo com
outras doutrinas bíblicas, pois existem mais, mas aí esse artigo ficaria
comprido demais. Agora, eu te faço essa pergunta, você vai crer na criação, ou
vai se tornar ateu? Qual será a sua decisão? Eu já fiz a minha.
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